Arte Baniwa Cestaria de Arumã Cestarias Baniwa

COMO É FEITA

Trançar


Trançar é um ato solitário, que exige atenção, paciência e dedicação. A cestaria baniwa é feita com rigorosa simetria gráfica e com esmero, para durar.

Iniciar o trançado se faz com duas ou três talas. Começar com quatro rende mais, mas é considerada uma opção exagerada, utilizada em situações emergenciais.

O número de talas para começar o trançado é definido em função da largura das talas ou do tipo de desenho, exceto no caso da peneira.

Há nomes diferentes que definem o ato de trançar, relacionados ao número de talas utilizadas no início: dzamaita (para duas), madalitapenali (para três) e licoetakapenali (para quatro).

Se o artesão vai fazer urutu ou jarro, ele pode usar qualquer um dos jeitos de trançar. Agora, caso ele vá fazer peneira, só pode usar a modalidade dzamaita , a única que garante uma trama adequada para cernir a massa de mandioca, seja para fazer farinha ou beiju, ou para reter a borra de frutas.

Urutus e jarros com grafismos marchetados coloridos, exigem talas previamente pintadas ao meio, diferentemente de peneiras e balaios que são trançados com talas monocromáticas. Há vários tipos de trançado específicos para fazer tipiti (como, por exemplo, phitíema dente de cotia e porhe iiwi escama de jejú).

Trançando
Trançando
Veja como é feito acabamento